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CONHEÇA (TI)

  • Foto do escritor: FiGAS
    FiGAS
  • 16 de dez. de 2020
  • 4 min de leitura

Eu estava lendo um livro, e ela apareceu. Rolando o instagram, um texto legal aprofundava nela. Assistindo uma aula, pulou de novo em minha frente, com base cientificas e estudos comprovatórios. Acho que é para não escapar dela, pra abraçar, olhar no olho e dizer “ok, entendi, vou fazer meu melhor”. De quem eu falo? Simples. Da já mais que conhecida frase:

conheça a ti mesma.


Nas mais singelas sentenças podem estar as mais profundas das reflexões, e é assim que me sinto ao pensar sobre a importância desse tal autoconhecimento.

Se alguém disse que é tarefa fácil, considere uma pessoa mentirosa. Não é. Está listada em alguma lista por aí como das coisas mais difíceis da jornada humana.
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Estamos sempre prontos para julgar as outras pessoas, dizer que as conhecemos, medir e sugerir os melhores caminhos. Balela pura. Artimanha que usamos para escapar da questão da esfinge, esta que os mais antigos filósofos tentam responder “quem eu sou?"


E aí, dentre toda essa filosofia e reflexão, assistindo a uma aula de neurociência, com tema ‘felicidade’, a professora comenta que esta sensação é particular, que cada ser entende e vive a felicidade de determinada maneira, e que muitas vezes a comparação nos afasta do encontro ao conhecimento do que é efetivamente importante para cada uma de nós. Eu sei, ao ler minhas simples palavras, neste breve resumo você deve pensar “ah sim, mas eu já sei, já li muito disso por aí, cadê a novidade? ” Não tem novidade, e caio então em outro jargão “não existe o óbvio”. O que parece claro como o dia para uma pessoa, pode estar anos-luz de compreensão para a outra, por isso, detalhar e explicar, é tão importante numa conversa.

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Pois bem, seguiu-se a aula, a professora docilmente nos falava com embasamento científico sobre o tema, essa tal felicidade e suas possibilidades, e comenta sobre atitudes que auxiliam nosso cérebro nessa jornada: dormir bem, a prática de exercícios, estar presente e comer bem. Ah, chegamos então na comida! Viva! O comer bem, na visão apresentada, trouxe (claro) reflexões nesta mente inquieta. Comer bem, é comer gostoso pois o prazer é essencial no alimentar-se e também comer alimentos que permitam seu eu futuro viver melhor. Fez sentido?!


Comer uma comida que você considere gostosa, porém não é nada nutritiva, todos os dias, fará do seu eu do futuro uma pessoa com possíveis doenças e baixa qualidade de vida. Comer uma comida nutritiva, que, porém, não é gostosa ao seu paladar, não te fará contente, não trará a almejada felicidade.


Comida na boca é um complexo caso de estudo. Tem o sabor, o gosto, a textura, os aromas, a visão, os sons, sensações o ambiente e memórias. Tudo isso junto, faz a percepção de um alimento ser particular a cada pessoa. A mesma refeição, feita em situações diferentes, faz sua percepção de sabor se alterar, o que afeta seu julgamento e memória daquele prato.

Então, se para comer bem, é importante ser gostoso, e gostoso é uma particularidade, como fazer para garantir que essa parte do combo felicidade esteja em pleno funcionamento?


Conheça a ti mesma! E se o autoconhecimento é tarefa constante e de nível difícil, como conciliar os dois? Não sei. Trago a reflexão, a resposta é construída nos universos particulares.

Mas (tem sempre um mas, não é?!), dá pra começar de algum lugar. A compreensão do fato em si já dá início à largada, e os caminhos e possibilidades são vários. Todos os caminhos passam pela terapia. Se tem um lugar sagrado para o autoconhecimento, é o consultório terapêutico. Mas o caso aqui é de comida, então falemos dela.


Comer devagar, para começar a entender melhor suas reações diante cada alimento. Sabe aquela história de mastigar 34 vezes, pois é! E ao mastigar bastante você vai compreender a textura, e assim poder nomear quais texturas você prefere.


Estamos vivendo uma pandemia (sim, ainda estamos tá?!) e muito tem se falado sobre a perda de olfato, e por consequência do paladar de quem contrai o vírus. Se não sentimos os aromas, perdemos o gosto do que ingerimos. Mas porquê?

Faz um teste aí: pega uma ameixa seca (ou balinha de goma - sem ver a cor antes), e tampa o nariz, tampa muito bem, para não entrar ar nenhum! Põe a ameixa na boca, e começa a mastigar. No meio da mastigação, solte o nariz e perceba a inundação do sabor chegar.
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Sem o nariz não há gosto da comida! O cheirinho bom de comida nos anuncia o que vem pela frente, e ali mesmo já iniciamos nosso veredicto, se estamos com ganas ou não de comer. Quais cheiros te atraem e quais te repelem?


Luzes e sons! O ambiente interfere diretamente na refeição, e qualquer restaurante é a prova disso. Eles são desenhados para que os clientes fiquem muito ou pouco, peçam determinados itens do cardápio, se sintam confortáveis ou queiram ir embora logo. Já reparou as lanchonetes de lanche rápido com suas luzes brancas e fortes, barulho demais e espaço apertado? É pra comer rápido (e sentir menos saciedade) e ir embora logo. Como costuma ser o ambiente de suas refeições?

Olhar com atenção a isso pode ajudar a compreender o que te ajuda a comer bem, sentir satisfação e tcharan: felicidade com a comida!

Essa relação da humanidade e sua alimentação é analisada e estudada há milhares de anos. São estudos, textos, artigos, poemas, livros, romances e eu sei lá mais o quê de palavras sobre o que energiza nosso corpo. A jornada da busca pelo autoconhecimento tem passado similar, e acho que milênios virão e poucas respostas ainda teremos.


E tudo que sei é que nada sei, mas buscar conhecer a si já ajuda a saber um pouco mais.


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Imagens: Unsplash.

 
 
 

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